A Editora do Centro Universitário Christus (EdUnichristus) foi criada em 04 de fevereiro de 2005 através da Resolução CONSU Nº. 05/2005. Ao longo dos anos, a EdUnichristus tem buscado condensar, por meio de suas publicações , a produção intelectual da comunidade acadêmica, de forma a buscar o alcance do público em geral.
Somos o órgão responsável pelo recebimento, editoração impressa e/ou digital e disponibilização de livros acadêmicos da Unichristus. Embasada pelos seus princípios éticos e políticas editoriais, a EdUnichristus ratifica seu compromisso em trazer conhecimento ao público através da divulgação da produção científica, didática, técnica, literária e artística.
É objetivo da editora a publicação ou republicação de obras de cunho didático, científico, ou quaisquer obras de reconhecido valor cultural. Vale ressaltar que as publicações de caráter didático têm espaço preferencial na programação da editora, principalmente quando suprem as carências bibliográficas específicas de determinadas áreas de ensino.
Atua como órgão consultivo e deliberativo, sendo integrado por professores da instituição com notória produção acadêmica, podendo também contar com a participação de pessoas qualificadas que não pertencem ao quadro de pessoal da Unichristus, quando indicados pelo Diretor Executivo e aprovados pelo Reitor. Atualmente, o Conselho Editorial é composto pelos seguintes docentes:
É o órgão de execução da Política Editorial e das atividades de domínio conexo. O Diretor Executivo é um membro nomeado pela reitoria da Unichristus e os ocupantes dos setores administrativos são colaboradores da instituição com comprovada competência indicados pelo Diretor Executivo e aprovados pela reitoria. Atualmente, a Diretoria Executiva é composta pelos seguintes nomes:
Para apoiar a rotina editorial a EdUnichritus conta com um grupo de especialistas em diferentes áreas:
A EdUnichristus preza pela disponibilização do conhecimento científico e defende que o acesso mais abrangente aos resultados de pesquisas científicas contribui decisivamente para o desenvolvimento social, econômico e cultural. Além disso, a ciência de modo geral progride mais rápida e eficazmente com o acesso livre e irrestrito aos resultados da pesquisa científica.
Uma das inovações mais importantes originada na publicação pela Web foi o movimento de acesso aberto, que considera o conhecimento científico registrado nas publicações científicas como um bem público e preconiza que os trabalhos científicos sejam publicados na Web e tenham acesso universal e aberto.
Nesse sentido, com o objetivo de contribuir para ampliar e fortalecer a visibilidade da pesquisa brasileira e aumentar o seu impacto, a EdUnichristus estabelece que as obras científicas originadas de pesquisas e projetos financiados pela Unichristus, parcial ou totalmente, sejam disponibilizados via Internet, salvo em ocasiões em que haja contrato específico entre o(s) autor(es) e a editora que limitem tal acesso.
Autores: Melissa Soares Medeiros, Dulce Maria Sousa Barreto e Raquel Lima Sampaio
Categoria: Ciências Médicas
Área Temática: Medicina
Disponível em: Formato Digital
Quando fui convidada para escrever aqui, fiquei lisonjeada, mas também aturdida. Lembrei imediatamente o significado de “prefácio”, do latim, que quer dizer prae (antes) efatio (ditos). Ou seja, aquilo que é dito antes de começar uma história. Então me perguntei: como falar dessa história que não iniciou num ponto específico e que ainda caminha, inclusive neste exato momento? Sim, a história escrita neste livro não é puramente uma descrição de um projeto acadêmico chamado ELAM (um elegante trocadilho com a palavra elã; de origem francesa, e que significa espontâneo, súbito). É uma história de pessoas, de vontades, de inclinações, de autodescobrimento em diferentes níveis, velocidades e perplexidades. O projeto ELAM (Ensino de Literatura e Arte na Medicina) em si veio de um sentimento teimoso, resiliente e resistente de encrustar as manifestações artísticas, de alguma forma, dentro das paredes técnicas da faculdade de medicina na qual nosso trio docente atuava (professora Dulce Barreto, professora Melissa Medeiros e eu). A admiração pelas artes e culturas já participava corriqueiramente dos nossos cafés. Não bastava: queríamos mais. Percebíamos que a riqueza embutida na literatura, na pintura, no cinema, na música (em suas diversas expressões) não são só deleite; são potentes ferramentas educativas e instrutivas para nós, médicos e futuros médicos. São tantas as interfaces entre medicina e arte! No cinema: o famoso Óleo de Lorenzo e a adrenoleucodistrofia; Filadélfia, Clube de Compras Dallas e a SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida); Uma Mente Brilhante e a esquizofrenia; A Teoria de Tudo e a esclerose lateral amiotrófica; Cobaias e a sífilis/bioética. Na literatura: O Médico e o Monstro e o transtorno de personalidade múltipla; Voldemort e o transtorno de personalidade antissocial; O Retrato de Dorian Gray e o transtorno de personalidade narcisista; A Consciência de Zeno e o transtorno de uso de substância (tabagismo), além de Doença de Graves; Frankenstein e a busca pela imortalidade e a discussão bioética sobre avanços tecnológicos. Na pintura: Michelangelo adornou a Capela Sistina com várias representações anatômicas; Caravaggio e o pequeno Baco doente, retratando a doença hepática; Paul Klee e seus autorretratos revelando a esclerose sistêmica. Na música: um clássico do blues Bad Blood de Champion Jack Dupre e, possivelmente, a sífilis; a relação entre a sensacional banda The Beatles com o uso de ácido lisérgico ou a relação entre tifo epidêmico e a majestosa Abertura 1812, de Tchaikovsky, por aí vai… É interessante notar que houve uma época que grandes médicos eram não somente grandes detentores de conhecimento técnico, mas também grandes admiradores e conhecedores humanísticos. Um desses exemplos é Christian Albert Theodor Billroth (26 de abril de 1829 – 6 de fevereiro de 1894), cirurgião alemão que nomeou duas técnicas de reconstrução digestiva que todo estudante aprende na faculdade (Billroth 1 e Billroth 2). Como cirurgião, ele é considerado por muitos como o fundador da cirurgia abdominal moderna, isso é famigerado. No entanto, pouca gente sabe que ele foi um talentoso músico amador, amigo íntimo e confidente de ninguém menos que Johannes Brahms, além de ser um dos primeiros a tentar uma análise científica da musicalidade. Inclusive, foram dedicados ao Billroth os dois primeiros quartetos de cordas, Opus 51, de Brahms. Incrível, não? Pelo menos, eu acho. Onde perdemos essa liga? Onde deixamos essa força cultural para nos concentrarmos no tecnicismo rígido? Em que momento assumimos que nosso papel profissional severo não poderia conviver com nossa anima criativa? Foi com esse teor quase filosófico que nasceu essa tentativa de resgate pessoal, mas que por sua importância não poderia ficar restrita 8 a nós, deveria ser expandida. Com um senso de vanguarda, notamos que o mundo estava a perceber aquilo que aqui no Ceará entendemos. Universidades renomadas internacionalmente, como Harvard e Stanford, começaram a institucionalizar programas inteiros sobre arte e cultura em suas grades curriculares médicas. Quer dizer, os maiores fomentadores de literatura técnica se dobravam à força hercúlea das humanidades médicas. Não poderíamos paralisar esta vontade. Seguimos adiante, e hoje estamos comemorando a terceira edição do ELAM. É por isso que a história que encontraremos neste livro é universal e também individual. O nosso grande Ariano Suassuna dizia sempre que se sentia bem em estar perto dos jovens e neste projeto é possível compreender intimamente a razão desta afirmação. Descobrir os talentos inesperados, sentir a energia renovada, aprender as novas linguagens, ver a juventude derramada em espontaneidade. E falando em espontaneidade, não é isso mesmo o significado de ELÃ? De maneira especial, agradeço às escolhas que me deram a honra gloriosa de ter a amizade das fantásticas professoras Melissa Medeiros e Dulce Barreto. Foi por essa amizade que pude conhecer outros tantos talentos e me maravilhar com os tesouros escondidos sob os estetoscópios. Desejo a todos um caminho de surpresas e encantamento como aquele que tive ao contemplar as obras dos nossos queridos artistas do ELAM.
Raquel Lima Sampaio
Ano: 2023
Número de páginas: 143
Disponível para Download: Sim
ISB: 978-65-89839-49-1
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