Debates Occa vai discutir práticas alimentares de imigrantes brasileiros na França.

Postado em 29/03/2019

No próximo dia 9, o Observatório Cearense da Cultura Alimentar (Occa) retoma a programação do Debates Occa com a apresentação do trabalho Dinâmicas alimentares transnacionais: práticas alimentares dos imigrantes brasileiros na França, da francesa Marie Sigrist.

Trata-se da pesquisa de Doutorado que Sigrist desenvolve no Instituto Paul Bocuse, na França, que tem como interesse principal a alimentação dos imigrantes brasileiros na cidade de Lyon. “Quais são as práticas alimentares dos imigrantes brasileiros na França? Como esses últimos operam as representações alimentares de ambos países? ”, são perguntas que sua pesquisa procura responder. “Desde os anos 2000, percebe-se um aumento dos fluxos migratórios entre Brasil e França. Estes processos de migração têm como consequência a intensificação dos contatos entre as populações de cada país. Ao longo da instalação no país de destino, os imigrantes procedem reconfigurações nas suas práticas e representações alimentares. Para “matar a saudade”, redes de imigrantes e meios de abastecimento alimentares vinculados ao país de origem se estruturam para facilitar a instalação no país de destino”, explica a pesquisadora.

No Debates Occa, Sigrist, que fala português, vai descrever a metodologia qualitativa utilizada até então, exemplicando-a com alguns dados de campo obtidos entre setembro de 2018 e fevereiro de 2019 na cidade de Lyon. Os participantes poderão interagir com perguntas e comentários. A entrada é livre e gratuita, mediante capacidade do auditório. O evento conta com apoio da Unichristus.

SERVIÇO:

DEBATES OCCA – Dinâmicas alimentares transnacionais: práticas alimentares dos imigrantes brasileiros na França, com Marie Sigrist.

Dia 9 de abril de 2019, a partir das 18h20.

Local:  Campus Parque Ecológico da Unichristus (Rua João Adolfo Gurgel, 133, Cocó)

Sobre a pesquisadora

Marie Sigrist é doutouranda em antropologia sob a orientação de Isabelle Bianquis (Universidade de Tours) e Maxime Michaud (Centro de pesquisa do Instituto Paul Bocuse). Sua pesquisa de doutoramento se interessa pelas dinâmicas alimentares transnacionais, notadamente a alimentação dos imigrantes brasileiros na França e os imigrantes franceses no Brasil. Durante o seu mestrado em antropologia no Museu Nacional de História Natural (Paris), ela realizou uma pesquisa de campo sobre os vínculos entre alimentação, patrimonialização e turismo em Quito (Equador).

 Sobre o Instituto Paul Bocuse

O Instituto Paul Bocuse é uma escola internacional para os futuros profissionais do ramo gastronômico. O instituto oferece cursos de graduação e mestrado, além de possuir um centro de pesquisa multidisciplinar. O centro de pesquisa do Instituto Paul Bocuse desenvolve uma estratégia original baseada em três pilares: gosto e prazer da refeição; saúde e bem-estar; contexto de alimentação. Além do foco em pesquisa acadêmica, o centro de pesquisa do Instituto Paul Bocuse oferece seus serviços de inovação na gastronomia e áreas adjacentes ao setor privado e/ou institucional.